terça-feira, 29 de setembro de 2015

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

"O VÍDEO" - TIC DENTRO E FORA DA ESCOLA

 



TIC DENTRO E FORA DA ESCOLA

É inegável o que ocorre com a advinda das tecnologias de informação e da comunicação (TIC). O uso delas está sendo mais frequente pelos alunos muito mais fora da escola do que dentro das mesmas. Estes alunos tem esta vontade, curiosidade e predisposição para elas.
 
A própria internet é muito mais usada fora da escola do que dentro. É incontestável esta informação. Com este uso a tendência é a de gerar aprendizagem e conhecimento fora da escola. Mostrando que não é somente nesta instituição que se adquire conhecimento. Agora, basta então um encaminhamento das tecnologias como benfeitoria na construção do saber. Sem deixar o próprio ambiente escolar longe da advinda das tecnologias, das mídias e da própria internet. Utilizando-as com cunho pedagógico e prazeroso para os alunos.
 
Há de se ter uma integração das TIC nas rotinas dos alunos, pois elas desenvolvem competências num contexto educativo.
 
O emergir de novas formas de comunicação e construção de conhecimento pressiona a instituição escola, os próprios gestores e os professores a se adequarem as tecnologias de informação e comunicação dentro e fora das escolas.

Minhas contribuições no FE Virtual


FÓRUM

1)
Concordo principalmente na parte do texto da Laila quando ela se refere "...aprender o que não deu tempo...", pois atualmente o que se vê na sociedade em que estamos inseridos é uma busca de conhecimento visando algo. Mas este "algo" não é necessariamente aquilo que mais nos interessa. Buscamos informação, conhecimento e aprendizagem com o enfoque de utilização para concurso público, provas e cobranças em ambientes da academia e a busca de aprofundamento para que possamos utilizar no ambiente de trabalho para galgar espaço. Obviamente é um conhecimento que devemos respeitar mas não é um conhecimento prazeroso a priori (podendo se tornar). É um conhecimento que precisamos para seguir na nossa vida e ter sucesso nela. A grande questão é que parece ser inevitável termos tempo para o que realmente nos "faz brilhar os olhos" quando estamos mais estáveis financeiramente ou invariavelmente na nossa terceira idade.

2)
Também sou partidário das benfeitorias das TIC´s (conforme os dizeres da colega Ana e corroborados pelo professor Pedro). A mescla de diferentes recursos fazem com que o processo de ensino-aprendizagem ocorra em uníssono. A utilização de textos disponibilizados em ambientes virtuais, confecção de blogs, utilização e criação de vídeos, além de referências bibliográficas pontuais para os mais diversos assuntos tendem a contribuir na construção de conhecimento (observando que haja um direcionamento para atender o que a demanda necessita). A teoria de utilização é muito bem conhecida e muito bem explorada nos discursos das Instituições de ensino. Propagandas governamentais e campanhas eleitoreiras são sempre vistas em épocas de eleição. Mas e a formação dos docentes? Os cursos de licenciatura estão sendo reformulados para abranger e assimilar a influência das novas tecnologias? Quando da graduação do docente é vislumbrado, ou até, confirmado que os professores estão saindo preparados para atender a demanda das tecnologias? Conseguem ensinar aquilo que está sendo proposto que ensinem? São vários questionamentos e interpelações e poucas iniciativas pontuais de reformulação de currículo.Fora a ausência de legislações mais específicas. Deixo apenas os questionamentos.....por hora.


3) 
Tenho uma grande incerteza no que concerne ao processo de aprendizagem ao longo da vida do sujeito. Obviamente estamos, desde a mais tenra idade, sendo instigados a curiosidade do aprender com o meio e com o outro. Praticamente somos apenas repetidores na nossa infância e aprendendo a medida que descobrimos nossas ações fazendo alterações no meio em que estamos situados. Não existe o orgulho (a priori) nos gestos de descobrir. Já que elas (crianças) são como uma "página em branco". Sem paradigmas a serem quebrados ou preconceitos, ou melhor, são totalmente observadores e que estão apenas tentando se encaixar num ambiente e sociedade que está em sua volta. Em constante desequílibrio (conforme uma visão piagetiana). Assim como estão num constante processo de assimilação e acomodação.

Assimilação:

É o processo cognitivo de colocar (classificar) novos eventos em esquemas existentes. É a incorporação de elementos do meio externo (objeto, acontecimento, ...) a um esquema ou estrutura do sujeito.
Em outras palavras, é o processo pelo qual o indivíduo cognitivamente capta o ambiente e o organiza possibilitando, assim, a ampliação de seus esquemas.
Na assimilação o indivíduo usa as estruturas que já possui.

Acomodação:

É a modificação de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades do objeto a ser assimilado.
A acomodação pode ser de duas formas, visto que se pode ter duas alternativas:
  • Criar um novo esquema no qual se possa encaixar o novo estímulo, ou
  • Modificar um já existente de modo que o estímulo possa ser incluído nele.
Após ter havido a acomodação, a criança tenta novamente encaixar o estímulo no esquema e aí ocorre a assimilação.
Por isso, a acomodação não é determinada pelo objeto e sim pela atividade do sujeito sobre este, para tentar assimilá-lo.
O balanço entre assimilação e acomodação é chamado de adaptação.

Daí continuo na minha incerteza. Será que podemos considerar que numa fase infantil em que o aprendizado começa do "zero" e que não há pudores pode ser considerado um mesmo aprendizado numa fase posterior em que o ego pode estar sendo diretamente agente de interferência em qualquer processo de Assimilação ou Acomodação? Acredito que são fases distintas, assim como são possíveis de serem diferentes no método de ensino-aprendizagem.
Como já lecionei em aulas de informática não estou cometendo falácias, pois era rotineiramente visto em educandos, que possuiam alguma bagagem na área de informática, defenderem com mais veemência seus pontos de vistas e gerando uma dificuldade maior em se introduzir algum conhecimento novo a eles. Ou até mesmo corrigindo-os. Além de se ter um cuidado muito maior na transmissão deste conhecimento para se ter uma relação interpessoal harmoniosa.
Enfim, acredito que são fases distintas (infância e as demais) no que tange ao processo de ensino-aprendizagem. Tendo todas elas suas especificidades.
Outro ponto que discuto no texto é de quando da transmissão de conhecimento. Será que nas fases em que assimilamos conhecimentos não teria alguma que realmente necessitamos de uma maior quantidade de informações? E que estas se tornem base ou referencial para utilizarmos na prática individual? Em síntese transmitidas diretamente para quem busca conhecimento? Certa vez em uma das minhas disciplinas na Universidade de Brasília, a docente que lecionava colocou que para formar um médico é necessária esta forma metódica e conteudista sim de aprendizagem. Que era necessário e de extrema importância. E a docente ainda falava mais, que preferiria ser atendida por um profissional conhecedor profundo do assunto que se formara do que um profissional que usava pedagogias do amor ou adjascentes que visavam situações mais humanas. Apenas friso que não sou e nem fui totalmente partidário dos ideais da docente, mas que deixou vários momentos de reflexão.....ahhhhh se deixou.

4)
Acredito que seja muito generalista considerar que existem etapas de aprendizagem tão delimitadas como ocorreu no artigo de José Armando Valente. Um dos anexos frisa que de 0 a 4 anos o sujeito aprende de forma a ser "caçador-ativo". Dos 4 aos 23 é ensinado de forma a ser um "receptor-passivo". Dos 23 aos 60 usa o que aprendeu. Dos 60 em diante aprende como se fora um "caçador-ativo" novamente.
O ponto que discuto é no que tange a fase dos 23 aos 60 anos em que há o uso do que aprendeu sim nas etapas anteriores mas com aquela preocupação de estar também recebendo conhecimento de ambas as formas. Tanto de forma receptiva-passiva quanto de caça-ativa. O ser humano é o único predisposto a assimilar e acomodar de forma piagetiana sua construção de conhecimento e a todo instante, independente da fase da vida, o ser humano constrói sua subjetividade. As grandes questões são a motivação que leva o sujeito a estar procurando ou recebendo informação, se há prazer ou não, se é procurando se ocupar ou se melhorar.
Obviamente as instituições de ensino massificam a inserção de conhecimento para o alunado, porém é preciso uma aliança das duas formas elucidadas no artigo. Ser apenas caçador-ativo corre do mesmo erro de ser apenas receptor-passivo.

5)
OLHA GENTE, UM QUESTIONAMENTO DE ONTEM EM SALA DE AULA SE A UnB TEM ALGO REFERENTE A TERCEIRA IDADE COM ENFOQUE NA INFORMÁTICA:

http://www.unb.br/noticias/galeria/images/UNBHOJE/2012/Jan/13/unbhoje/unbhoje1



GLOSSÁRIO

CRACKER



cracker
Definição: É o termo usado para designar quem pratica a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança, de forma ilegal ou sem ética. Podem ser considerados como “os piratas” da internet também. Este termo crackers foi criado em 1985 por hackers em defesa contra o uso jornalístico do termo hacker. O uso deste termo reflete a forte revolta destes contra o roubo e vandalismo praticado pelo cracking.
O que existe e acontece comumente é a confusão entre o sentido das palavras hacker e cracker, confusão esta criada pelo uso informal da língua. E, sabemos, a língua é quem faz o dicionário. Dificilmente esta situação será revertida, em vista da publicação de termos errôneos pela mídia não especializada, porém de massas. Cientes desta condição, os verdadeiros e originais hackers (lembremos, pessoas do bem, interessadas no desenvolvimento e liberação das tecnologias) arranjaram um outro termo para identificá-los: agora são geeks (VIDE GLOSSÁRIO GEEKS).
Etimologia: Cracker deriva do verbo em inglês “to crack”, que significa quebrar.
Referências:
Ligações externas:


 HACKER




hacker
Definição de Hacker pelo Dicionário Michaelis: Pessoa viciada em computadores, com conhecimentos de informática, que utiliza esse conhecimento para o benefício de pessoas que usam o sistema, ou contra elas.

Definição de Hacker pelo site Dicionário de Português.com:
Programador com gênio para dominar e alterar programas e equipamentos de computação e teleprocessamento, e capaz de invadir à distância outros computadores, utilizando ilegalmente os recursos do modem.
Contudo não se pode utilizar o termo hacker para toda invasão. Este é um termo que não pode ser confundido com “cracker” (ver glossário CRACKER). Ambos (hackers e crackers) possuem habilidades extraordinárias lidando com sistemas, redes e linguagens de programações. O que diferencia os dois é o uso que fazem de suas habilidades. O hacker em si testa seus conhecimentos tendo como superação “abrir caminho” e desvelar o oculto. O desafio é o principal motivador.
Etimologia: A palavra hacker vem de “hack”, que significa brecha. Também relacionado ao verbo cortar nas línguas germânicas. Com uma tradução literal de “cortador”.
Referências:
Ligações externas:


 GEEKS




geek
Definição: Atualmente é uma nomenclatura usada para descrever pessoas mais voltadas para áreas de interesses mais com enfoque em tecnologias. Geek é uma palavra associada a subculturas ligadas aos computadores e à internet. Nestas subculturas, um geek é uma pessoa com um talento e um interesse por tecnologia e programação acima do normal. O conceito assemelha-se ao Nerd mas não é a mesma coisa. Em alguns lugares também chamados de tecnonerds, são os nerds cujo interesse volta-se especialmente para a tecnologia, ciência e informática.
Etimologia: Geek (do inglês geek, pronuncia "guik": IPA /gi:k/) é uma expressão idiomática da língua inglesa, uma gíria que define pessoas peculiares ou excêntricas obcecadas com tecnologia, eletrônica, jogos eletrônicos ou de tabuleiro e outros.

Referências:
Ligações externas:
http://d22bstudio.wordpress.com/2010/12/06/afinal-de-contas-o-que-e-um-geek-qual-a-diferenca-de-um-nerd/

  

INTRANET




INTRANET
Definição: Em síntese a intranet é fomentada pelos mesmos protocolos, ferramentas e serviços que possui a internet. Contudo, sua utilização é mais praticada para incrementar a comunicação e desenvolver uma melhor produção dentro de uma empresa. Utilizando-se de uma rede de computadores privada tendo a premissa de ser restrita para os usuários e com a disponibilidade de ser acessada remotamente.
Etimologia: Intranet (Intra – dentro ; net – rede). Rede que fornece, dentro de uma empresa ou organização, serviços similares aos da WWW (World Wide Web).
Referências:
Ligações externas:











domingo, 12 de fevereiro de 2012

Ambientes Virtuais


Em relação aos ambientes virtuais podemos elucidar que é uma maneira de aprendizado que vem fomentando e contribuindo para que a Educação a distância seja melhor desenvolvida.
A priori os objetivos da Educação a distância para com Educação de Adultos utilizando-se dos ambientes Virtuais são congruentes as outras modalidades de EJA (proporcionar a clientela que está afastada da escola e desejam retomar os seus estudos, concluírem os ensinos deficitários), porém com algumas particularidades: flexibilidade entre tempo e espaço, pois são pessoas que trabalham ou que realmente não podem se dedicar por fatores exógenos como o financeiro; e também oferecer a inclusão digital. Criando cursos virtuais acessíveis de qualquer localidade, disponibilizando textos e outros de forma interativa e eficaz.
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) estão sendo utilizadas em várias áreas de ensino, e porque não seria de bom uso também aplicá-las à EJA ou nas séries iniciais do ensino fundamental? Os ambientes virtuais conseguem aliar as Tecnologias de Informação e Comunicação através de softwares que auxiliam na montagem de cursos que se pode acessar pela internet. Mesclando-se vários tipos de mídias (vídeo, som, imagens, slides, etc) com o intuito de promover o conhecimento. Para isso também são disponibilizadas maneiras de comunicações não ficando algo estagnado ou de pouca interação. Daí a necessidade de uma comunicação por e-mails, por fóruns, chats, videoconferências, webconferências e outros.
Alguns cursos também disponibilizam uma base de dados com conteúdo versátil e que é diretamente conectado ao conteúdo programático. São as bibliotecas virtuais que auxiliam aos alunos que não possuem uma forma de adquirir ou a ter acesso aos livros cobrados nas ementas.
Alguns Exemplos de Ambientes Virtuais de Aprendizagem: Moodle, iTutor, SOLAR, Sócrates, TelEduc, Amadeus, AVA AIED e Eureka.
Um fato que temos que pontuar é que o ambiente virtual não é apenas de uma via. Ela possui o contraponto ou o feedback por parte das Instituições. Os professores, tutores ou até mesmo a Instituição não deixam o aluno só. Porque não é apenas por não estarem no ambiente que seria “o normal” da educação, que estariam abandonados. Há a preocupação do acompanhamento do desenvolvimento dos educandos. Algumas Instituições possuem tutores que tem a função exclusiva de acompanhamento on-line, sem nenhum prejuízo para o aluno, ou seja, apenas benefícios para que se atinja a maestria de ensino e conhecimento. Isto tudo para unir o professor e o aluno durante o processo de instrução.
Também vale frisar o uso de softwares livres para que não seja onerosa a prática desta ferramenta que vem ultimamente a contribuir para o desenvolvimento da EJA e de conteúdos visando as crianças. O próprio fórumeja (http://forumeja.org.br/) é praticante desta postura. Além de se utilizar apenas do software livre, ainda disponibiliza ao aluno estes programas para download.
Concluindo, temos que exaltar o fato das TIC serem utilizadas de maneira pedagogicamente apropriadas nos ambientes virtuais, porém tem que se ter a preocupação no que tange ao treinamento tanto do aluno como do professor. Nem todos são conhecedores destas novas tecnologias. Há também que se observar a necessidade de um suporte técnico para as dúvidas que com certeza ocorrerão.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



LITTO, Fredric Michael; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (Org.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. p.480.

A história da EAD no Brasil e Legislação

Historicamente a EAD no Brasil possui uma trajetória de pontos positivos, todavia há aqueles que podemos dizer que sejam negativos, pois correspondem a uma estagnação provocada por uma ausência de políticas públicas para o setor.
Situando o Brasil globalmente, podemos colocá-lo como destaque em EAD (principalmente até a década de 70, período em que houve uma estagnação). E usando de um cronograma histórico podemos colocar um pouco antes de 1900 relatos de cursos profissionalizantes por correspondência. Eram cursos de datilografia dados por professores particulares.
A partir de 1904 se instalam as Escolas Internacionais no Brasil (filial de organizações norte-americanas, portanto, empresas privadas). Os cursos eram voltados para as pessoas que estavam em busca de empregos (área de comércio e serviços). O ensino era por correspondência com remessa de materiais didáticos pelos correios (por meio de ferrovias).
No que tange ao meio de comunicação por rádio, surge (é fundada) em 1923 a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro que visava a educação popular (um tipo de Revolução via Rádio surgia), porém existiam fortes pressões (políticas/comerciais) que interferiam em seu conteúdo.
O Ministério da Educação, em 1957, decidiu lançar o seu próprio programa educativo pelo rádio, criando o SIRENA ou Sistema Rádio Educativo Nacional, que poucos resultados positivos obteve pela própria falta de interesse do Governo em apoiar o aperfeiçoamento de seu pessoal e a melhoria da qualidade, o que prejudicou o seu desenvolvimento.
O mais importante trabalho de educação a distância para a alfabetização de adultos teve início em 1961 e ocorreu no Nordeste, através do Movimento de Educação de Base-MEB, que era mantido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, da Igreja Católica Apostólica Romana. Essa experiência teve bons frutos, mas grande parte dos resultados do trabalho de alfabetização se perdeu pela falta de continuidade do programa. Além disso, sua cartilha impressa foi considerada pelos governos militares, a partir de 1964, como uma tentativa de subversão da ordem e todo o material pronto foi apreendido. Este fato, aliado tanto à falta de recursos para se dar continuidade ao trabalho após a primeira etapa de alfabetização, quanto ao desinteresse do MEC e das Secretarias Estaduais de Educação em apoiar a iniciativa da CNBB, prejudicou o desenvolvimento do MEB.
Várias instituições e projetos foram responsáveis ou tiveram participação neste meio (rádio) para propagar a educação: SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), a Igreja Católica, a criação do MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização que era um projeto do governo brasileiro criado pela Lei n.º 5.379 de 15/12/67 e propunha a alfabetização), dentre outros. Entretanto, houve um desmonte da EAD via rádio e daí a estagnação dela, enquanto os outros países passaram a se desenvolver nesta atividade.
Outra vertente para educar-se à distância é o Cinema que foi pouco usado, por isso a EAD nacional não foi agraciada com este meio de propagar a educação no Brasil.
A televisão inicialmente foi utilizada, havendo concessões para alguns grupos e que tivessem fins educacionais e outras comerciais que destinariam um tempo fixo e obrigatório para programas educativos. Podemos citar dentre estes tipos de TVs: a Educativa (pertencente ao Ministério da Cultura) e a Globo (Roberto Marinho com os seus Telecursos). Outra TV que trouxe bons frutos é a TV escola que é gerida pelo poder público federal, mas tem a dificuldade de difusão.
Com o decorrer do trabalho há de se focar em detalhes nas várias modalidades (rádio e TV) que fizeram a EAD o que ela é hoje.
Temos que destacar também o surgimento do Instituto Monitor que foi a escola pioneira no Brasil a desenvolver o ensino a distância como modalidade de estudo. Tudo começou em outubro de 1939, quando o imigrante húngaro Nicolás Goldberger  fugia da perseguição nazista na Segunda Guerra Mundial. Aportando no Brasil, trouxe seu conhecimento técnico em eletrônica e uma mala com poucas roupas. Resolveu ficar, instalando um pequeno negócio na região central de São Paulo. O Instituto Monitor passou por muitas mudanças e adaptações para se adequar aos requisitos e ideais do ensino a distância.
Outro Instituto bastante relevante é o Instituto Universal Brasileiro que foi/é um dos pioneiros da EAD no Brasil. Criado em 1941 e que vem desempenhando um papel relevante na aplicação deste método de ensino.
No que se refere a Computadores/Internet, ou seja, as novas mídias de comunicação, podemos pontuar que os computadores chegaram no campo da educação por meio das universidades (meados da década de 70). E com a ajuda da internet a propagação do ensino de fortaleceu. A chamada multimídia, com a interatividade e com a realidade virtual que está criando um mundo novo, poderá, em pouco tempo, revolucionar os processos, métodos e técnicas de ensino e de avaliação. Não se tratando apenas de uma mera renovação tecnológica. É uma mudança muito mais profunda, que envolve novas técnicas, mas também novos métodos, novos objetivos, novos conteúdos um novo mundo. Há de se preocupar, no que discerne a internet, para uma qualidade de velocidade, com uma mudança para banda larga (trocando da discada que é onerosa, limitada e lenta).
Resumindo então, na história da EAD no Brasil temos alguns momentos que podemos destacar: as Escolas Internacionais chegando, o surgimento da revolução via rádio, a criação de institutos (Instituto Rádio Monitor e do Instituto Universal Brasileiro),  instituições (SENAC e SESC) e projetos (MOBRAL), e por fim, o adentrar da tecnologia no Brasil (computadores e internet).
Discorrendo sobre o assunto de avanços e retrocessos da legislação aplicável a EAD, podemos considerar que tanto a Constituição tanto a LDB saltaram com avanços significativos na modalidade de EAD. Principalmente quando podemos citar que já é regulamentada a educação a distância, em todas as áreas (com algumas ressalvas).
E antes de adentrarmos nas especificidades da legislação que trata da EAD, tem que se elucidar que ela teve sua origem meio que clandestinamente e com um processo exógeno que tinha a intenção de convergir com a educação formal e convencional. Todavia a sua legitimidade foi muito ponderada e de certa forma “lenta”. Mas com o tempo e tendo nas LDBs e Leis que tratavam do ensino a distância, evoluções que a tornariam como ela é hoje. Sendo assim podemos elencar as seguintes leis, decretos e portarias:






Lei n.º 9.394 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 20 de dezembro de 1996
(Texto Integral)


"Art. 80 O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.
§ 1.º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.
§ 2.º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância.
§ 3.º As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas.
§ 4.º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:

I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais."

Decretos
Decreto Nº. 2.494, de 10 de dezembro de 1998, regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB).
(Que dispõem sobre várias questões: nome oficial de EAD, determinação de ser um regime especial de ensino, sobre o credenciamento, certificados/diplomas e outros pontos);
Decreto Nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB).
(Com outros avanços e atravanques: obrigatoriedade de certos momentos presenciais, equiparação da EAD com a educação presencial, etc);
Decreto N.º 5.773, de 09 de maio de 2006, dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino.Decreto N.º 6.303, de 12 de dezembro de 2007, altera dispositivos dos Decretos nos 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino.

PortariasPortaria nº 1, de 10 de janeiro de 2007.Portaria nº 2 (revogada), de 10 de janeiro de 2007.Portaria nº 40, de 13 de dezembro de 2007.Portarian nº 10, de 02 julho de 2009



Todas estes textos legais e normativos devem focar numa coerência formal com a realidade para que não fiquem apenas no caráter de não cumprimento.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



BRASIL. Lei 9394 – LDB – Lei das Diretrizes e Bases da Educação, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Constituição, 1988.

LITTO, Fredric Michael; FORMIGA, Manuel Marcos Maciel (Org.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. p.480.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Tablets: que "diacho" é isso? O que eles fazem? Para que eles servem?


A novidade tecnológica que está nos meandros de várias conversas que se referem a tecnologia e a educação é o tablet.
Mas a grande questão dentre muitas é: o que é um tablet? Existe a analogia de considerá-lo como um computador como outro qualquer, porém não é totalmente correta tal afirmação. Ele possui algumas diferenças pontuais como: a substituição do teclado pela opção touch screen (tela sensível ao toque), a sua portabilidade, aplicativos próprios e versatilidade. Ele também possui características do smartphone. Portanto, alia as funcionalidades de um computador convencional e o smartphone.
A priori é considerado uma prancheta eletrônica voltada para recursos multimídias (por vezes considerado até um “brinquedo”) e que com o seu surgimento a tendência é de ir tomando o espaço dos notebooks, livros e cadernos. Tem estrutura super fina e compactada. São leves e portáteis, deixando com que seja um equipamento de fácil carregamento. Facilitando a vida de pessoas que tem, em seu traslado, a necessidade de carregar pouco peso. Além da dinâmica de estar com ele em mãos independente do local (ônibus, metrô, no trabalho, almoçando, etc.).
A advinda dos tablets é do ano 2010 e na atualidade é o “must have” da sociedade capitalista no momento. Todos querem. Todos precisam. Mas não sabem do que eles são capazes.
Com este equipamento podesse navegar na internet, editar documentos eletrônicos, ler e-mails, relacionar-se com as redes sociais, rodando jogos específicos e voltados para eles e também ler livros.
Algumas pessoas ainda se mostram em dúvidas sobre para que serve o tablet, mas depois que são apresentadas aos recursos do equipamento, descobrem uma nova forma de interagir com o mundo virtual. O design permite uma perfeita visualização do conteúdo e garante praticidade no transporte.

Direitos Autorais:
Canal de edtsbonini (YOUTUBE)
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A maior parte dos Tablet PCs utilizam o Windows XP Tablet PC Edition, ou também o Google Android como sistema operacional (sistema operacional que roda sobre o núcleo Linux), embora tendam a utilizar no futuro o Windows Vista e Windows Seven, dado que algumas versões do novo sistema operativo da Microsoft incorporam já as funcionalidades dedicadas ao tablet PC, entre elas o Windows Journal e o famoso jogo InkBall.

O TABLET NA ESCOLA

Um ponto que merece reflexão ultimamente é o fato de que instituições de ensino estão inserindo o tablet no ambiente escolar. Já utilizando o equipamento ou fazendo estudos de inserí-los.
Coloco-me num posicionamento favorável de inserção do tablet no ambiente escolar. Começando a entrega para os professores (estes tendo um treinamento eficaz) e logo após um planejamento do uso desta tecnologia a entrega para os alunos. Pois sem um planejamento do porque e para que usá-lo na escola tenderá a ser um objeto de desestabilização, de desatenção e desconstrução da relação professor-aluno que existe atualmente.
Saiba mais nesta matéria da VEJA que discorre sobre o uso do tablet em sala de aula:
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/tablets-chegam-as-escolas-de-ponta-do-brasil-%E2%80%93-e-trazem-um-velho-desafio

E mais com o vídeo a seguir:


Direitos Autorais:
Canal de profissionaisdotexto (YOUTUBE)
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Concluindo, o tablet não é a salvação de um sistema educacional falido. Ele é um recurso tecnológico que deve ser explorado para gerar benfeitorias na relação ensino-aprendizagem numa construção de conhecimento em uníssono com o professor e o aluno. O tablet é ferramenta e meio. Não é o que vai resolver a educação, mas sim melhorar com o seu uso adequado.