FICHAMENTOS

FICHAMENTO 1
Aprendizagem continuada ao longo da vida
o exemplo da terceira idade

VALENTE, José Armando. Aprendizagem continuada ao longo da vida.


Enquanto futuro graduando no curso de Pedagogia da Universidade de Brasília – UnB e pela prerrogativa deste trabalho de fichamento é possível fazer uma síntese do artigo proposto e da capacidade do autor José Armando Valente estar enveredando entre áreas tão distintas, mas que estão intrinsecamente ligadas no curso de graduação de Pedagogia. São elas: a Psicologia, Políticas Públicas, OEB e Administração das organizações educacionais. Isto, pois trata a necessidade de uma formação adequada dos educadores numa mediação para com os alunos visando uma escola que ensine e que os faça a aprenderem. Mas havendo a necessidade da escola aprender a aprender. Tudo isto fomentado por teorias de ícones como Paulo Freire, Piaget, Vygostky e outros. Além da massificação da ideia de que devesse haver um aprendizado ao longo da vida e de forma continuada (não somente para adultos mas para o ser).
O autor inicialmente traça paralelos com o aprendizado em duas fases da vida do ser humano: a infância e a terceira idade. Esta última que está tendo um diferencial, pois está deixando a ideia anteriormente difundida de que pessoas da terceira idade apenas queriam ocupar seu tempo migrando para um divertimento na ação de aprender. Hoje em dia há uma tendência e procura de conhecimento desta faixa etária e que também não deve ser restrita a ela mas que esteja em todo o período de vida, ou melhor, ao longo da vida do sujeito.
Há uma análise de José Armando Valente no que concerne ao conceituar aprender e ensinar. Ambos, na visão do escritor do artigo, muito vinculados. Mesmo remetendo em sua formação de radical, vogal temática e tema a conceitos diferentes, podem estar fortemente contribuindo na formação de entendimento em uníssono.
A discussão continua durante o artigo elucidando sobre a aprendizagem durante a infância que em seu teor o agente principal desta ação (a criança) tende a estar buscando conhecimento. Há uma busca pelo que é novo, por informação e querendo aprender, pois assim estará construindo seu conhecimento (não considerando que isto é uma meta, apenas uma constatação da busca somente) e buscando ultrapassar desafios. Deste ponto é que começa a interdisciplinaridade inicialmente falada neste fichamento. Pois ocorre inúmeras citações de teorias que estão fortemente ligadas a conceitos de Psicologia. Como de quando o texto traz as contribuições das teorias sociointeracionistas que são fomentadas pelas disposições do estudo da relação entre sujeito x objetos/pessoas. Chegando a conclusão que os atos de aprender e ensinar são prazerosos.
O artigo continua com a análise da aprendizagem. Apenas o foco muda para a terceira idade. Demonstrando o caráter mercadológico que está ocorrendo no Brasil pelo motivo de estar sendo crescente a busca dos sujeitos da terceira idade em atividades educacionais.
É pontual a crítica realizada no que se refere ao desvincular do aprendizado com a transmissão de informação somente. Há a necessidade de discussão e contribuições múltiplas de ideias. Com uma característica única de vencer os desafios que mesmo numa idade mais madura pode ser congruente a fases iniciais do desenvolvimento humano. Um exemplo muito bem proposto é em relação à informática que pode ser tratada deforma a retirar o mistério que há nela e que para alguns é algo inatingível e inacessível.
Num dos momentos que o autor pontua com mais relevância é da perpetuação do sistema educacional em apenas transmitir conhecimento e ser encorajador de um tipo de aluno receptor passivo de informações. A análise é a de que haja um desenvolvimento de habilidades de aprendizagem que auxiliem as pessoas a aprenderem a aprender. Mas com severas críticas ao aprendizado em aulas formais.
No transcorrer da leitura é discutida a temática de que é necessária a presença de um profissional que esteja apto para atender as necessidades dos sujeitos da terceira idade. Estes que possuem suas especificidades. A preocupação não fica somente com o profissional, mas com o ambiente que seja disponibilizado a clientela que se destina a desenvolver o aprendizado. Fazendo uma construção com respaldo eficaz tanto de um bom profissional (um agente de aprendizagem) quanto de um ambiente que desenvolva as necessidades procuradas e apontadas pelos indivíduos, e este que esteja predisposto e envolvido com as atividades no ambiente. Não somente sendo um receptor-passivo de informação. E é apresentado que o ambiente de aprendizagem (que o autor acredita ser a escola praticamente a única) é composto por três componentes: o aprendiz, as atividades e o agente de aprendizagem.
Há a colocação de antever e desempenhar um papel efetivo por parte do agente de aprendizagem. Estas ações devem ser mediadoras e utilizando-se de liberdade para o aprendiz. Sendo sabedores que ora com apenas a presença ora com um suporte mais agudo é que o aprendiz consegue obter um aprendizado mais acurado. Por isso a necessidade de um preparo de um novo educador. Mais preparado para as situações problemas e para as novas situações problemas. Dando ênfase no artigo da procura de entender e conhecer (por parte do agente de aprendizagem) o alunado, trabalhar com projetos educacionais, criar condições para o aprendiz desenvolver a predisposição para a aprendizagem. Daí a grande importância de preparo de um profissional qualificado e especialista nestas nuances. Preparar subentendesse a formação que deve ser pensada e posta de forma a ser continuada também.




Comentário
A priori o texto é de extrema relevância e importância no embasamento teórico enquanto futuro graduando no curso de Pedagogia da Universidade de Brasília (UnB).
O enfoque dado nas conclusões foram,ao meu ver, totalmente felizes no que tange a classificar a escola atual como uma consumidora do tempo das pessoas. Este tempo extremamente significativo, pois ocupa o sujeito e não o transforma em um ser pensante. Que conheça a sociedade em que está inserido e que seja participante ativo sendo agente de modificação do status quo. Ver a escola como praticamente o único ambiente de aprendizagem que dispomos em nossa sociedade foi um certo exagero no artigo. Pois aprendemos a todo instante em outras instituições porque a cultura e o conhecimento é a todo momento presente e assimilado em nossas vidas. Até mesmo nas relações interpessoais. No trabalho. Na religião. Na vida em geral.
Também sou congruente na preocupação de uma formação mais qualitativa com os futuros educadores e que saibam do que estão dispostos a ensinar. Situando-se na realidade do discente que estão querendo lecionar e orientar. Respeitando as diferenças e as individualidades. Fazendo com que estes alunos tenham gosto por aprender. Independente de sua faixa etária. Pois eu mesmo tinha uma visão errônea da terceira idade pensando que a educação para eles era para ocupar o tempo. Com o artigo redefiniu minha perspectiva.
Contudo tenho que analisar criticamente não somente a obra em si, mas o formato em que o texto se apresentava. Devido à problemática da acentuação em que os acentos das palavras estavam ausentes (desconheço o porquê), fez com que a leitura ficasse mais dificultosa. Além de várias palavras estarem com a ortografia errada e por haver tempo determinado para entrega do fichamento houve detrimento na qualidade da assimilação do conteúdo.
Enfim, fora esta dificuldade e que teve que ser contornada e superada, o artigo do autor José Armando Valente foi muito importante para a construção do meu conhecimento no que tange as fases de aprendizagem. Em particular a da infância e da terceira idade.

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